O que chamamos de fluxo de pacientes diz respeito ao modo como essas pessoas são atendidas e encaminhadas em um centro de saúde, desde o momento em que dão entrada. Isso envolve os cuidados médicos, os recursos físicos e os sistemas internos necessários à jornada do paciente, do ponto de admissão até a hora da sua alta.

Acompanhar esse fluxo é imprescindível para manter a qualidade e melhorar o grau de satisfação daqueles que são atendidos. Ele é um componente crítico do gerenciamento de processos em hospitais, por isso, precisa ser observado e avaliado com muita atenção.

No artigo de hoje, você saberá mais a respeito do seu funcionamento e descobrirá como a tecnologia pode ajudar a melhorá-lo. Interessado? Continue a leitura!

Por que acompanhar o fluxo de pacientes é importante?

As demandas por serviços de saúde crescem na medida em que a população aumenta e o acesso a eles é democratizado. Nesse contexto, as instituições passam a ter grandes problemas de gerenciamento, pois são altos os investimentos necessários para que sua estrutura física suporte essa procura.

Ao aprimorar o fluxo do paciente, contudo, o hospital ganha eficiência no atendimento da demanda de cuidados, encaminhando e movendo os pacientes pelas trilhas mais rápidas e indicadas para buscar a resolução do problema. Além disso, investir na coordenação do atendimento permite um aumento da segurança do paciente e das taxas de sucesso dos tratamentos.

Para que isso seja possível, é preciso combinar — de modo estratégico — a quantidade e a forma mais adequadas de utilizar os recursos que serão empregados em cada uma das admissões. Assim, evita-se quadros indesejados como a superlotação ou encaminhamentos errados.

Gerenciando corretamente o seu fluxo de pacientes, o hospital garante que todas as informações estarão disponíveis de forma mais clara aos profissionais, que saberão exatamente o que precisa ser feito para melhorar a experiência dos usuários.

Quando acontecem as altas e baixas hospitalares?

Compreender a sazonalidade é algo extremamente relevante em qualquer tipo de negócio. No caso de um hospital, isso fica ainda mais latente, pois a mesma estrutura deve ser capaz de prestar atendimento aos pacientes nos períodos em que a procura aumenta. Essas variações podem acontecer em períodos maiores, como os meses do ano, mas também dentro de um mesmo dia, com demanda maior na parte da manhã ou à noite, por exemplo.

Normalmente, é preciso identificar os meses em que há maior incidência de algumas doenças, como gripe e dengue; também deve-se monitorar eventuais surtos locais de patologias como a virose ou sarampo. Afinal, apenas conhecendo essas situações é possível se preparar melhor para redefinir os fluxos de maneira que seja viável atender com excelência.

É importante ainda ter em mente quais são os períodos de baixa — como o mês de dezembro, em virtude das férias, nas cidades em que muitas pessoas partem em viagem. Isso ajuda a melhorar o planejamento interno e evita gastos com recursos desnecessários.

Como a tecnologia pode ajudar nesse processo?

Os avanços tecnológicos têm mudado a realidade nos hospitais, e isso não é diferente quando falamos do fluxo de pacientes. Sistemas e máquinas podem hoje ser utilizados para melhorar o gerenciamento e o monitoramento daqueles que precisam de cuidado desde o momento em que dão entrada na instituição. Vejamos, a seguir, alguns exemplos.

Gestão da utilização de leitos

Por meio da análise de dados históricos e outros padrões, a tecnologia nos ajuda a agilizar as decisões de atribuição de leitos hospitalares, prevendo quando os pacientes receberão alta para liberar espaço de modo muito mais assertivo. Isso é algo bastante importante, pois o atendimento de qualidade está diretamente relacionado à existência de espaço físico adequado.

Até pouco tempo atrás, a movimentação e a liberação dos pacientes precisava ser informada por telefone e formulários em papel, o que acarretava em muitos erros e falta de capacidade de previsão. Hoje, por meio do uso da inteligência artificial e de sistemas como o RFID, essas informações podem ser obtidas em tempo real e de forma automatizada.

Gestão do tempo

O tempo é um dos recursos mais críticos no que se refere aos atendimentos hospitalares — a demora, muitas vezes, pode representar a diferença entre a vida e a morte de um paciente. É fundamental, portanto, que os tempos sejam continuamente diminuídos, desde a triagem ao encaminhamento.

Quanto a isso, a tecnologia é útil justamente por desburocratizar o preenchimento e a identificação de fichas. Por meio do Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP), é possível centralizar os dados cadastrais e clínicos das pessoas em uma só rede, garantindo a obtenção de informações pregressas e um atendimento bem mais ágil e efetivo.

Gestão administrativa

Diversas rotinas correlatas dentro do fluxo de pacientes são de cunho administrativo. No geral, ela dizem respeito à quantidade e ao estado de recursos físicos, estoques de medicamentos, quadro de horários de médicos, enfermeiros e técnicos — além de fatores que influenciam indiretamente, como as finanças do hospital.

Hoje, é possível contar com softwares que automatizam e simplificam várias dessas questões, diminuindo sensivelmente a quantidade de erros se comparados às antigas formas de gerenciamento, que utilizam papel ou mesmo planilhas.

Agendamento de cirurgias

Um dos procedimentos que mais afetam o fluxo de pacientes são as cirurgias. Muitas vezes, elas precisam ser feitas de modo emergencial — o que exige, dentre outras coisas, um leito disponível. Por outro lado, existem procedimentos que podem ser agendados, pois não há situação de risco eminente. Nesses casos, não é incomum que eles sejam postergados, em virtude da burocracia excessiva e da quantidade de envolvidos.

Para resolver esse problema, você pode utilizar uma plataforma que facilite os pedidos por parte dos médicos, centralizando as informações e mantendo todas as partes envolvidas cientes das etapas — em especial, as operadoras de planos de saúde e os próprios pacientes. Com isso, há expressivos ganhos no controle e no gerenciamento.

Por fim, é importante ressaltar: para que o fluxo de pacientes seja efetivamente melhorado, é fundamental conhecer e otimizar a relação entre a capacidade de atendimento do hospital e a sua demanda por atendimento. Essa deve ser uma busca continua, foco da atenção de qualquer gestor hospitalar.

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