As chamadas OPMEs fazem parte do dia a dia de qualquer instituição hospitalar. São materiais bastante utilizados em diversos procedimentos, e gerenciar sua aquisição e disponibilização para atender essas demandas pode ser um grande diferencial competitivo. Tanto no que diz respeito ao controle dos custos quanto na satisfação dos pacientes.

Pensando nisso, elaboramos este artigo para que você entenda melhor como funciona a administração das OPMEs, e o que deve fazer para que o seu hospital consiga um processo bem estruturado, que evite as glosas dos planos de saúde. Continue a leitura!

O que são OPMEs?

OPME é a sigla para Órteses, Próteses e Materiais Especiais, componentes muito utilizados em procedimentos e intervenções cirúrgicas, odontológicas e terapêuticas. Não há, contudo, uma definição que determine exatamente todos os insumos que podem ser classificados dessa forma.

Geralmente, o termo é utilizado para discriminar aqueles materiais de valor mais expressivo que são usados em procedimentos médicos. Assim, costuma formar uma categoria de recursos que é tratada separadamente de outros materiais de uso comum, como luvas, seringas ou gesso.

Na maior parte das situações, os hospitais consideram OPMEs como gastos administrativos, já que há inúmeros documentos que são necessários para garantir que elas sejam pagas por clientes ou operadoras de saúde, além de casos de ressarcimento junto ao SUS.

Características da gestão de OPMEs

Em virtude dessa ausência de padronização, os custos com OPMEs têm influenciado cada vez mais negativamente os valores gerais das soluções de assistência médica. Então, visando evitar o uso inapropriado e estabelecer um controle sobre os casos em que eles são efetivamente demandados, criou-se uma lógica bastante burocratizada.

Esses parâmetros, contudo, já não fazem mais tanto sentido, uma vez que a evolução dos sistemas computacionais permite que tudo seja feito de um modo bem mais simples, sem perder de vista a segurança. E é fundamental que esse processo seja feito de maneira eficiente. Afinal, quando há erros ou falta de precisão na utilização das OPMEs, os planos de saúde tendem a glosar as faturas a fim de evitar o pagamento.

Uma pesquisa do IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar) mostra que os gastos com OPMEs têm aumentando em termos absolutos e relativos. Além de estarem em um percentual de crescimento acima da inflação, eles passaram a ser mais representativos na distribuição dos custos gerais.

Os DMIs (Dispositivos Médicos Implantáveis) já representam cerca de 20% do total de produtos médicos comercializados no Brasil. E, por se tratar de itens tão significativos e de maior valor, é importante estar atento aos impactos que eles causam no fluxo de caixa da instituição.

Manter estoques elevados traz o chamado custo de oportunidade, que diz respeito às outras eventuais aplicações financeiras que poderiam ser feitas com esse capital. Há também de se observar os espaços em que esses itens são mantidos, já que perdas podem representar prejuízos reais.

Qual é o futuro do gerenciamento de OPMEs?

O gerenciamento de qualquer unidade dentro de um hospital requer cuidados adicionais. Isso porque, em última análise, todos eles se correlacionam com a saúde e o bem-estar dos pacientes.

É muito importante ter a produtividade e a eficiência como diretrizes, já que a instituição precisa gerar valor para os acionistas sem perder de vista a qualidade dos serviços prestados. E, como vimos, a gestão e o controle de OPMEs tem um papel central nessa questão, por sua representatividade.

Ela deve levar em conta o atendimento às necessidades dos pacientes e a redução de eventuais desperdícios ou erros capazes de influenciar postergações nos reembolsos. Também é preciso estar atento às políticas comerciais e ao relacionamento com os fornecedores desses materiais. Isso pode melhorar as condições nas negociações, além de dar mais credibilidade ao seu hospital, na medida em que conseguir oferecer produtos de empresas renomadas no mercado.

Em suma, trata-se de um processo bastante complexo, por natureza. Ele envolve todas as questões relacionadas à gestão de estoques, que é bastante tradicional para diversas indústrias, mas lidando com os altos custos envolvidos e com o que diz respeito à integridade dos pacientes — além do envolvimento de outros interessados, como os planos de saúde.

Os principais pontos de atenção

Além da questão da administração das OPMEs enquanto suprimentos, é preciso avaliar como elas afetam o fluxo de caixa da instituição. E isso é muito relevante, pois as finanças podem se comprometer caso não haja eficiência. O planejamento, portanto, se faz necessário, buscando determinar o padrão adotado para as requisições e compras, bem como as quantidades adquiridas.

O recebimento, a manutenção e o acesso ao uso também precisa ser pensado. Diversas perdas podem acontecer nessas etapas: é preciso conferir os itens na chegada, cadastrá-los em um sistema, manter um controle do inventário sempre atualizado e estabelecer uma maneira eficaz para saber qual funcionário pegou qual OPME, e com qual finalidade.

Nesse sentido, o investimento em tecnologia e treinamento é imprescindível. Os colaboradores precisam saber exatamente quais são as suas responsabilidades em cada atividade, bem como o que se espera delas. Tanto médicos e enfermeiros, bem como aqueles que trabalham nas áreas administrativas, precisam estar preparados para lidar com a lógica estabelecida.

Hoje, há uma série de softwares que podem ajudar essa gestão e controle de OPMEs, fazendo com que todas as rotinas possam ser executadas com esforços menores. Ou seja, não há mais desculpas para negligenciar os aspectos que estão interligados nesse processo, que é tao significativo para um hospital.

A plataforma Neoh da Intelectah, por exemplo, é uma solução que ajuda a automatizar uma série de atividades no agendamento de cirurgias. Por meio dela, é possível colocar médicos, planos de saúde e pacientes em um mesmo ambiente, favorecendo a transparência nas comunicações.

Também consegue-se acompanhar o status das solicitações de procedimentos — algo que é muito interessante pensando na gestão das OPMEs. Assim, a sua instituição poderá fazer um planejamento mais eficiente dos estoques, além de se antecipar para tirar eventuais dúvidas, resolver problemas e evitar as glosas, que são tão prejudiciais ao faturamento.

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